Política

Cappelli levanta informações sobre servidores do GSI no 8 de Janeiro para enviar ao STF

Alexandre de Moraes cobrou a identificação dos servidores civis e militares flagrados em novas imagens dos atos golpistas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional, Ricardo Cappelli, afirmou nesta quinta-feira 20 ter iniciado a coleta de informações sobre a atuação de servidores do órgão durante os ataques de 8 de Janeiro no Palácio do Planalto. Os dados serão enviados ao Supremo Tribunal Federal.

Em despacho assinado nesta manhã, o ministro Alexandre de Moraes determinou que Cappelli encaminhe ao STF em até 24 horas a identificação de servidores civis e militares flagrados em novas imagens dos atos golpistas no palácio.

“A gente recebeu solicitação do ministro Alexandre de Moraes e vai cumprir, vai fazer a identificação e cumprir a determinação do Supremo Tribunal Federal”, disse Cappelli em Brasília. A declaração foi concedida após reunião com o ministro da Defesa, José Múcio, e com o comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

Cappelli ainda se comprometeu a avaliar as atuais condições do GSI a fim de eventualmente apresentar ao presidente Lula sugestões de mudanças, após o petista retornar de sua viagem à Europa.

“Olha, a gente vai fazer tudo com muita tranquilidade, equilíbrio e firmeza. A gente está começando a levantar os dados. Então, a gente, claro, vai fazer uma uma avaliação, vai estudar e vai apresentar ao presidente, na volta da viagem, uma opinião, uma avaliação da situação e de rumo.”

Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, assumiu interinamente o comando do GSI após o general Gonçalves Dias pedir demissão do cargo na quarta-feira 19.

Cappelli ganhou projeção neste ano ao ser designado como interventor da Segurança Pública do Distrito Federal após os atos golpistas de 8 de Janeiro. No dia 27 daquele mês, ele apresentou um relatório sobre falhas operacionais na tarde em que as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por terroristas bolsonaristas.

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