Campo minado

O festival de armadilhas e pegadinhas no percurso da equipe de transição

Lula tomou as rédeas da transição - Imagem: Lula Marques/PT na Câmara

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Lula passou os últimos dias em Brasília e, entre um jogo e outro do Brasil na Copa, dedicou-se a negociar a montagem do ministério e da base parlamentar, além de buscar verba para pagar 600 reais do Bolsa Família desde o primeiro mês de governo. Marcada a data de sua diplomação no Tribunal Superior Eleitoral, 12 de dezembro, surgem detalhes da posse em 1º de janeiro. Esta tem sido preparada como acontecimento mundial e festa popular. Líderes estrangeiros começam a ser convidados, e a expectativa é de que compareçam em grande número, mais do que nas vitórias anteriores do PT. A futura primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, à frente dos preparativos, anunciou vários shows e artistas, e prometeu: “Vamos fazer uma posse para o povo”.

Colocar gente nas ruas para defendê-lo será uma necessidade permanente de Lula, diante das dificuldades políticas e econômicas à vista. “Não tenho dúvida de que os bolsonaristas, com três meses, seis meses, vão organizar manifestações contra o governo. Vamos precisar de manifestações a favor e de resultados no primeiro ano”, afirma o deputado federal eleito Lindbergh Farias, do quinteto petista que tem auxiliado o ex-metalúrgico nas conversas políticas. Colaboradores dos mandatos anteriores do ex-presidente e do governo de transição de agora não escondem a apreensão. Um comenta que “não queria estar na pele do Lula”, em razão da destruição do País pelo capitão. Outro, que não há motivo para festa, pois “a situação é muito difícil, não tem dinheiro para nada”. É como disse na porta do Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, o senhor Esver, eleitor lulista e baiano da cidade de Santa Rita de Cássia: “Na democracia, o que é bom não é fácil”.

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1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 4 de dezembro de 2022 03h14
O fato é que Bolsonaro investiu muito dinheiro público para ganhar essas eleições de 2022. Não esperava ser derrotado, por isso o desespero juntamente com a depressão. O eleitorado, “gadificado”, que serve de massa de manobra e que é financiado por esses empresários bolsonaristas inescrupulosos, temerosos de serem pegos pelas falcatruas de compras de votos e com grande aporte de capital eleitoralmente ilícito o financiamento de Pessoa Jurídica tentam desesperadamente tirar suas digitais e insuflar esses eleitores, debaixo de sol e chuva em frente aos quartéis com rezas e pedidos a extraterrestres para que as eleições sejam anuladas e o golpismo bolsonarista seja consolidado com a posse e recondução do ex capitão ao poder. Só delírio! Esse volume de dinheiro público despejado para mais de dois milhões de eleitores para a compra de votos, empréstimos em consignados junto a Caixa Econômica Federal de pessoas em situação financeira totalmente inadequadas e sem qualquer garantia de quitação desses empréstimos empenhados a fornecer seus CPFs e garantirem o voto no PL e no ex capitão. Além do Orçamento Secreto. Há de se fazer uma grande força tarefa para se investigar e se apurar a fim de se punir os verdadeiros responsáveis por toda essa derrama de dinheiro público com o escopo de se garantir a eleição de Bolsonaro. As equipes de transição do governo Lula estão descortinando o lodaçal de peripécias contábeis, jurídicas e diplomáticas que o bolsonarismo intentou para fraudar essas eleições e sabotagem, em todos os campos do governo federal: justiça, segurança, economia, diplomacia, meio ambiente, agricultura, infraestrutura, enfim, o governo Bolsonaro ,in totum, tentou de todas as formas sabotar e destruir o Estado brasileiro para se perpetuar no poder e evitar uma derrota eleitoral. Cabe as instituições como o Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Federal, Tribunais de contas e até a parte boa das Forças Armadas apurar os ilícitos e responsabilizar os criminosos para que o Estado brasileiro volte a funcionar com normalidade e que o exemplo da punição desestimule atos futuros.

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

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