Política

Campanha petista ao governo de SC revela pedido de Hang para atrasar salário do “diabo dos professores”

Segundo campanha de Décio Lima, em discussão com o Secretário da Fazenda do estado, o dono da Havan diz não querer pagar imposto de lojas

Campanha petista ao governo de SC revela pedido de Hang para atrasar salário do “diabo dos professores”
Campanha petista ao governo de SC revela pedido de Hang para atrasar salário do “diabo dos professores”
O empresário Luciano Hang. Foto: Reprodução/SBT
Apoie Siga-nos no

A campanha de Décio Lima, candidato do PT ao governo de Santa Catarina, exibiu no programa eleitoral deste sábado 22, peça publicitária com um áudio atribuído ao empresário bolsonarista Luciano Hang, dono das lojas Havan, e ao secretário da Fazendo do estado, Paulo Eli. 

Na gravação, Hang teria sugerido que Eli atrasasse os salários dos professores da rede pública de ensino e que metade dos educadores fossem demitidos. 

A campanha petista acusa os empresários bilionários de Santa Catarina a buscarem a eleição do candidato aliado à Bolsonaro ao governo do estado, Jorginho Mello (PL), para obtenção de vantagens pessoais. 

A conversa entre o secretário e o bolsonarista mostra Eli falando sobre uma demanda do governo catarinense e cobrando que Hang contribua com os impostos devidos aos cofres públicos. 

“Eu tenho que pagar o salário dos professores. Eu tô na iminência de atrasar salário”, diz o secretário. E emenda: “Eu quero o imposto das lojas”. 

No áudio, Hang exige que Eli encontre uma solução alternativa para não precisar pagar os valores devidos. 

“Atrasa o salário. Atrasa o salário. Paulo, vai me desculpar, atrasa o salário, demita. (…) Vocês tão pensando só no imposto de vocês pra pagar o diabo dos professor. Demite a metade!”, teria dito o empresário. 

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo