Política
Campanha do MEC sobre Prouni é acusada de racismo
Imagem compartilhada nas redes sociais coloca a mão de uma pessoa branca segurando um diploma em uma estudante negra
O Ministério da Educação postou, na última quinta-feira 13, uma foto no Twitter anunciando as inscrições do Prouni 2019. Na foto, uma estudante negra segura uma mochila e aponta para a mão segurando um diploma. O problema é que eles fizeram um recorte na imagem e colocaram a mão de uma pessoa branca segurando o canudo.
#ProUni2019 l As inscrições vão até 14 de junho. Saiba mais em https://t.co/WPEQ3QNqUO pic.twitter.com/hgcNPGTeaz
— Ministério da Educação (@MEC_Comunicacao) 13 de junho de 2019
Imediatamente internautas começaram a acusar a campanha de ser racista e que deixaram uma mensagem que apenas pessoas brancas têm acesso às universidades no Brasil. “Enem causa branqueamento?”, questionou um seguidor.
E não foi só no Twitter que a polêmica aconteceu. Na conta do Instagram do Ministério, um vídeo com a imagem foi mais além. Colocaram, também, a cabeça de uma pessoa branca na foto original, que é uma estudante negra.
Não entendi a ideia dessa story, sugiro que repensem. pic.twitter.com/hQVbG9Rd3p
— Juh Prudêncio (@xoulley) 14 de junho de 2019
“Uma propaganda como essas só devolve o que a nova orientação do MEC pensa, mas não diz: que esse é um governo de brancos para brancos e que não consegue entender que a diversidade é nossa melhor face”, disse uma seguidora no Instagram, que fez uma análise sobre o caso.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.