Política

Campanha de Lula vai ao TSE e cobra investigação contra a Jovem Pan

A coligação lulista denuncia um ‘modus operandi de veiculação de desinformação e de tratamento privilegiado’ em prol de Bolsonaro

Foto: Reprodução/Jovem Pan
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A campanha de Lula (PT) à Presidência da República acionou, nesta sexta-feira 14, o Tribunal Superior Eleitoral contra a Jovem Pan, emissora presente na TV e no rádio.

O objetivo da Coligação Brasil da Esperança é investigar possível abuso dos meios de comunicação por Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, dono da Jovem Pan. Na peça, os partidos listam evidências de que a cobertura da emissora beneficia Jair Bolsonaro (PL) e prejudica Lula.

Segundo a campanha lulista, a Jovem Pan “passou a ser uma das principais fontes de fake news nas eleições de 2022″. Os fatos relatados ocorreram em diversos programas, como Boletim Coppolla, Jornal da Manhã, Morning Show e Os Pingos Nos Is.

Um dos comentários transcritos no documento é de Zoe Martínez, a afirmar que “é inadmissível uma pessoa que tem caráter apoiar e fazer campanha para o Lula hoje”.  Em outro recorte, Paulo Figueiredo diz que “um grande homem avisou que pra se livrar do PT seria o custo de muito sangue do povo brasileiro, e não há dúvida da concretização dessas profecias e dessas previsões”.

A coligação reforça não colocar em xeque o direito à liberdade de imprensa ou de crítica, mas denuncia “um incontroverso modus operandi de veiculação de desinformação e de tratamento privilegiado” em prol de Bolsonaro, “em total desobediência às leis eleitorais”.

Os partidos afirmam que a Jovem Pan tem o objetivo de “desequilibrar o pleito eleitoral influenciando a mente do eleitorado” e que a jurisprudência do TSE destaca haver “mal uso dos meios de comunicação quando há quebra na isonomia dos candidatos na disputa”.

A ação cobra a investigação de Tutinha por uso abusivo dos meios de comunicação, apuração que deve se estender a Jair Bolsonaro e a seu vice, Walter Braga Netto. Pede ainda que, por decisão liminar, a Jovem Pan seja obrigada a conceder tratamento isonômico aos dois candidatos, sob risco de multa.

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