Política

‘Caminho clássico de lavagem de dinheiro’, diz Dino sobre operação contra auxiliares de Bolsonaro

Mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF tem como alvos a família Cid, o ex-ajudante de ordens Osmar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef

‘Caminho clássico de lavagem de dinheiro’, diz Dino sobre operação contra auxiliares de Bolsonaro
‘Caminho clássico de lavagem de dinheiro’, diz Dino sobre operação contra auxiliares de Bolsonaro
O ministro da Justiça, Flávio Dino. Foto: Arthur Soares / SEGAB/GOVSE
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou a operação da Polícia Federal, deflagrada nesta sexta-feira 11, que apura a venda de presentes dados ao Estado brasileiro durante missões oficiais ao exterior.

Entre os alvos da operação estão Mauro Cid e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, além do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Osmar Crivelatti. Outro alvo é o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef

“Há muitos estudos que mostram que compra e venda de joias é um caminho clássico de corrupção e lavagem de dinheiro. Muitos veem como um crime ‘seguro’, que ficará escondido para sempre. Por isso, é essencial sempre investigar o assunto, quando há indícios de ilegalidades”, escreveu o ministro em uma rede sociail.

Os agentes da PF cumprem, ao todo, quatro mandados em Brasília, São Paulo e Niterói. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito das investigações contra milícia digitais.

Segundo nota da Polícia Federal, os ex-auxiliares de Jair Bolsonaro (PL) são investigados pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

“Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, diz a nota da PF.

Os valores referente a vendas de presentes recebidos em viagens internacionais teriam sido convertidos em dinheiro vivo e “ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”, segundo a PF.

A operação foi batizada com o nome de um versículo da Bíblia – Lucas 12:2 -, que diz que “não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

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