Política

Câmara de SP propõe vacinar servidores antes da população em geral

Proposta é que 300 mil pessoas passem na frente, como motoristas e cobradores de ônibus, funcionários das subprefeituras e da limpeza urbana

Câmara de SP propõe vacinar servidores antes da população em geral
Câmara de SP propõe vacinar servidores antes da população em geral
Sessão na Câmara dos Vereadores de São Paulo. Foto: Foto: Afonso Braga
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Vereadores de São Paulo articulam a aprovação relâmpago de um projeto de lei que autoriza um grupo de até 300 mil pessoas a passar na frente na fila de vacinação na cidade e sejam imunizadas antes da população em geral. A autorização valeria para as cerca de 5 milhões de doses que a Prefeitura negocia com laboratórios privados.

 

A ideia é que motoristas e cobradores de ônibus, pessoal de atendimento das subprefeituras, assistentes sociais, funcionários da limpeza urbana e professores e auxiliares de escolas e creches de todas as faixas etárias recebam o imunizante. Há pressão para que taxistas, feirantes e motoristas de aplicativo também entrem na lista prioritária.

As discussões tomaram corpo no começo da semana, e prosseguiram mesmo após o governo anunciar que profissionais da educação, a partir de 47 anos, e da segurança pública serão vacinados a partir de abril.

Ligado a empresas de ônibus, o presidente do Legislativo paulistano, Milton Leite (DEM), vem prometendo aos motoristas empenho para vaciná-los. “Acho que poderíamos abrir para aqueles setores que tenham contato direto com a população”, disse ele, ao citar também profissionais de educação e assistência social.

PSOL e PT, que têm ligação com os sindicatos de professores e assistentes sociais, defendem a proposta. “Não estamos querendo colocar privilégios. Estamos falando da manutenção de políticas públicas”, afirmou a vereadora Luana Alves (PSOL), ao destacar serviços sociais deixaram de ser oferecidos por falta de pessoal.

A redação final do texto deve ser apresentada hoje pelo líder do governo, Fabio Riva (PSDB). Ele disse que o texto será “autorizativo” – libera a Prefeitura a vacinar essas categorias, mas não a obriga a agir desta forma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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