CartaExpressa

Empresários de MG furam a fila e se vacinam com doses da Pfizer, diz revista

A organização da imunização irregular seria de responsabilidade dos irmãos Rômulo e Robson Lessa, proprietários da Saritur

Vacina da Pfizer é aplicada em hospital na Alemanha. Foto: Ina Fassbender/AFP
Apoie Siga-nos no

Cerca de 50 empresários e políticos ligados ao setor de transporte em Minas Gerais furaram a fila da vacinação contra a Covid-19 e tomaram a primeira dose da vacina da Pfizer em Belo Horizonte, nesta terça-feira 23. A denúncia é da revista piauí.

Segundo o veículo, o grupo adquiriu as doses do imunizante e não as repassou ao Sistema Único de Saúde. Quem participou da vacinação teria desembolsado 600 reais.

A organização da imunização irregular seria de responsabilidade dos irmãos Rômulo e Robson Lessa, proprietários da Saritur. À piauí, Clésio Andrade, ex-senador e ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte, confirmou ter recebido uma dose da vacina, mas negou ter pago 600 reais. “Minha vacinação [pelo SUS] seria na semana que vem, eu nem precisava, mas tomei”.

Outro vacinado, conforme os relatos, é o deputado estadual Alencar da Silveira (PDT-MG). Ele negou participação.

Em nota, a Pfizer afirmou que “nega qualquer venda ou distribuição de sua vacina contra a COVID-19 no Brasil fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização. O imunizante COMIRNATY ainda não está disponível em território brasileiro. A Pfizer e a BioNTech fecharam um acordo com o Ministério da Saúde contemplando o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 ao longo de 2021”.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar