O governo de São Paulo acusou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão ligado ao Ministério da Justiça, de atuar como “instrumento de polícia política” para prejudicar as administrações do PSDB. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
A afirmação ocorreu após o jornal divulgar que a empresa alemã Siemens teria entregado documentos nos quais afirma que o governo paulista tinha conhecimento e autorizou a formação de um cartel para licitações de obras na linha 5 do metrô na capital.
O secretário-chefe da Casa Civil do governo Alckmin, Edson Aparecido (PSDB), definiu as acusações como “pura calúnia”. “O que estamos vendo é um desvirtuamento de um importante órgão de Estado que deveria garantir a livre concorrência, mas se tornou um instrumento de polícia política. A memória de Mario Covas tem sido enxovalhada”, afirmou à Folha.
O cartel teria começado no ano 2000, ainda no governo de Mário Covas (PSDB). O esquema seguiu na administração do também tucano Geraldo Alckmin (2001-2006) e o primeiro ano de José Serra em 2007.
Segundo Aparecido, o Cade tem negado acesso às informações das investigações e realizado “vazamento seletivo” de acusações para a imprensa.