Política
Brasil deixa aliança antiaborto patrocinada por governos ultraconservadores
A adesão do País à Declaração do Consenso de Genebra ocorreu em outubro de 2020, na gestão de Jair Bolsonaro
O Ministério das Relações Exteriores anunciou, nesta terça-feira 17, que o Brasil se desligará do Consenso de Genebra, uma iniciativa promovida por governos ultraconservadores contra o aborto.
A adesão do Brasil à Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família ocorreu em outubro de 2020, na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Em nota, o governo brasileiro afirma ter decidido “atualizar o posicionamento do País em fóruns e mecanismos internacionais que tratam da pauta das mulheres”.
Ainda conforme o comunicado, a declaração “contém entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família e pode comprometer a plena implementação da legislação nacional sobre a matéria, incluídos os princípios do Sistema Único de Saúde”.
Outros países que patrocinaram a iniciativa são os Estados Unidos, então sob a administração de Donald Trump, o Egito, a Hungria, Uganda e a Indonésia.
“O governo reitera o firme compromisso de promover a garantia efetiva e abrangente da saúde da mulher, em linha com o que dispõem a legislação nacional e as políticas sanitárias em vigor sobre essa temática, bem como o pleno respeito às diferentes configurações familiares”, diz o Itamaraty, agora sob a chefia do chanceler Mauro Vieira.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.