Política

Bolsonaro vai deslegitimar a eleição e tentar o golpe, diz Ciro

Em evento que homenageou o ex-governador Leonel Brizola, o pré-candidato à presidência ainda criticou Lula e o PT: ‘Só falam com convertidos’

Ciro e os pedetistas Manoel Dias e André Figueiredo
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O pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou neste domingo 1 que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentará um golpe caso seja derrotado na eleição de outubro deste ano. Em evento que comemorou o centenário do ex-governador Leonel Brizola, o pedetista disse ainda que o ex-capitão promove conflitos institucionais para evitar falar dos problemas que sofre o País.

“Ele vai tentar deslegitimar o processo [eleitoral] e, se conseguir acumular forças, vai tentar o golpe”, declarou o pedetista a CartaCapital na sede do PDT em Brasília. “Eu cansei de avisar. O que está acontecendo é que o PT e o Lula foram para uma bolha e só falam para convertidos e o Bolsonaro está criando essa coisa que é o fascismo, que é a violência, a agressividade, o insulto às instituições. É para tirar da cabeça do povo o que ele deveria responder”.

Também neste domingo, Bolsonaro compareceu a uma manifestação de apoiadores na Esplanada dos Ministérios, mas não discursou. O ato teve faixas com pedidos de destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o presidente parabenizou os participantes pelo que chamou de “manifestação pacífica” em defesa da “Constituição, democracia e liberdade”.

“Ele quer fazer confusão institucional envolvendo uma briga de militares com tribunais porque a inflação é a maior dos últimos 27 anos”, avaliou Ciro. “O salário mínimo tem o pior poder de compra dos últimos 15 anos e só perde para a Venezuela. Ele não tem como explicar tudo isso e aí puxa confusão”.

No evento, o pedetista ainda comentou a reação que teve a apoiadores de Bolsonaro durante uma feira do agronegócio no interior de São Paulo. “Se engana o fascista brasileiro que vai atravessar o meu caminho e me intimidar”, afirmou.

Homenagem

No ano do centenário de Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, o PDT inaugurou neste Dia do Trabalhador a exposição “Uma vida pela libertação do nosso povo” na Câmara dos Deputados.

Carlos Lupi e Ciro Gomes homenageiam Brizola.

Logo após, na sede do partido, lideranças da sigla se reuniram para louvar o legado de Brizola e do trabalhismo, movimento político que ele representou.

“Lembrar, no Brasil de hoje, a saga de Brizola é mais que uma necessidade, trata-se de um dever de todo patriota”, discursou Ciro. “Uma história cheia de vitórias, mas também com algumas derrotas. Mas sempre a história de um batalhador, de um guerreiro que nunca se rendeu, nem se intimidou”.

Na ocasião, Ciro ainda disse que setores da esquerda e da direta se igualam na política econômica, em alusão a governos do PT e o de Bolsonaro.

“Aqueles que se diziam de esquerda, apenas douraram a pílula para diminuir um pouco a miséria e conter a rebeldia do povo”, declarou. “Optaram pelo que se costuma chamar de ‘pobrismo’, manejando políticas compensatórias, mas sem implantar um projeto profundo de transformação do País.”

“Os que se dizem de direita passaram um bom tempo ignorando friamente o povo, e quando se sentiram ameaçados passaram a copiar a cartilha do pobrismo da esquerda falida de ideias”, acrescentou.

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