Justiça

Bolsonaro tende a se manter longe do STF no julgamento da trama golpista

O ex-presidente avalia marcar presença nas sessões, mas a defesa considera que o gesto poderia trazer mais prejuízo que benefício

Bolsonaro tende a se manter longe do STF no julgamento da trama golpista
Bolsonaro tende a se manter longe do STF no julgamento da trama golpista
Bolsonaro conversa com o advogado durante o 2º dia de interrogatório da trama golpista no STF. Ao fundo, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Foto: Gustavo Moreno/STF
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O julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado começará nesta terça-feira 2 no Supremo Tribunal Federal. Embora o ex-presidente possa solicitar autorização para comparecer, a expectativa é que ele não esteja presente nas sessões. O martelo, porém, ainda não foi batido.

A orientação de seus advogados é que ele permaneça em casa. Para a defesa, a ida ao tribunal poderia transformar o julgamento em um ato político e fragilizar a estratégia jurídica. Além disso, por cumprir prisão domiciliar, o ex-capitão só poderia marcar presença se recebesse o aval do ministro Alexandre de Moraes.

Nos bastidores, aliados relatam que Bolsonaro cogitou aparecer em momentos pontuais, como na abertura ou no encerramento do julgamento, em um gesto de “resistência”. Até o momento, no entanto, não houve qualquer pedido oficial ao STF.

O julgamento, que envolve também aliados civis e militares, se dividirá em cinco sessões ao longo das duas primeiras semanas de setembro. As acusações contra os réus incluem tentativa de golpe de Estado, associação criminosa e dano ao patrimônio público. A Procuradoria-Geral da República pede condenações que, no caso de Bolsonaro, podem ultrapassar 40 anos de prisão.

Enquanto a defesa insiste que ele não compareça, a decisão final permanece em aberto, mas o mais provável é que Bolsonaro acompanhe o desfecho de casa.

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