Política

Bolsonaro sinaliza que pode vetar fundo eleitoral de 5,7 bilhões de reais

Presidente afirmou que que o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, atropelou a votação da LDO

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR
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O presidente Jair Bolsonaro sinalizou que pode vetar o fundo eleitoral de cerca de 6 bilhões de reais para as eleições 2022. O reajuste foi aprovado nesta quinta-feira, 15, pelo Congresso Nacional, no âmbito da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A afirmação foi feita em conversa com jornalistas na saída do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, de onde recebeu alta médica na manhã deste domingo 18. O presidente estava internado desde quarta-feira, 14 para tratar uma obstrução intestinal.

“Eu sigo a minha consciência, sigo a economia e a gente vai buscar um bom sinal para isso tudo aí. Afinal de contas, eu já antecipo, R$ 6 bi pra fundo eleitoral, para financiamento de campanhas, pelo amor de Deus”, afirmou.

De acordo com Bolsonaro, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, atropelou a votação da LDO e não pôs em votação um destaque à redação da LDO que alteraria o texto para suprimir a previsão de reajuste do fundo eleitoral.

“Então, num projeto enorme, alguém botou lá dentro essa casca de banana, essa jabuticaba. O Parlamento descobriu, foi tentando destacar para que a votação fosse nominal. Essa questão, o presidente Marcelo Ramos, do Amazonas… Pelo amor de Deus o Estado do Amazonas ter um parlamentar como esse, pelo amor de Deus”, afirmou.

O presidente também defendeu os parlamentares que estão sendo criticados “injustamente” por terem votado a favor do projeto. Para ele, com o valor de R$ 6 bilhões, daria para recapear grande parte da malha rodoviária do País ou concluir as obras que levam água para o Nordeste.

Reajuste do fundo eleitoral

O Congresso aprovou proposta para aumentar o financiamento das campanhas eleitorais de 2022, com uma mudança nas regras apresentada de última hora. A alteração prevê a reserva de 5,7 bilhões de reais para as campanhas do ano que vem. A mudança representa um aumento de 185% em relação ao valor que os partidos obtiveram em 2020 para as disputas municipais. O valor é mais que o triplo do que foi destinado às eleições de 2018, quando foi distribuído 1,8 bilhão de reais.

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