Justiça
Bolsonaro reclama de velocidade do STF para julgar a denúncia da trama golpista
A Corte iniciará em 25 de março a análise da acusação apresentada pela PGR
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira 13, após a Primeira Turma da Corte agendar o julgamento que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado em 2022. A análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República ocorrerá entre 25 e 26 de março.
Minutos após o julgamento ser marcado, o ex-capitão disse na rede social X que o “devido processo legal, por aqui, funciona na velocidade da luz” e insinuou que a alegada celeridade ocorre porque ele estaria “em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para Presidente da República nas eleições de 2026“.
Bolsonaro, porém, está inelegível por ter sido condenado em dois processos pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Antes de se referir a seu caso específico, ele primeiro citou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo o ex-capitão, o norte-americano foi alvo de “ridículas” acusações que “levaram quase cinco anos para serem convertidas em denúncia formal –e depois foram reduzidas a pó pela escolha soberana do povo americano”.
Na postagem, Bolsonaro também afirmou que o inquérito “repleto de problemas e irregularidades” vai a julgamento em apenas um ano. O STF, contudo, decidirá inicialmente se Bolsonaro e os outros denunciados se tornarão réus, não se eles são culpados, ao contrário do que sugere a publicação.
O julgamento da denúncia ocorrerá na Primeira Turma, da qual fazem parte os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.
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