Política
Bolsonaro quer alterar campo ‘filiação’ para pai e mãe em passaportes
Segundo a Polícia Federal, o termo ‘genitor’ é utilizado no lugar de pai e mãe em atenção às famílias homoafetivas
O presidente Jair Bolsonaro planeja uma alteração na documentação relativa aos passaportes brasileiros: incluir os termos “pai” e “mãe” nos campos destinados à filiação. A ideia foi apresentada durante café da manhã no Planalto com a bancada evangélica, nesta quinta-feira 11.
Não foi esclarecido se a mudança afetará os novos documentos emitidos ou apenas o formulário de requisição para o documento. Também não foram informados os custos que isso acarreta aos cofres públicos.
O termo “genitor” é utilizado nos formulários para a requisição de passaporte para menores de idade. Já nos formulários de requisição para maiores de idade é utilizado “filiação 1” e “filiação 2” para que sejam indicados os nomes dos pais na solicitação. Nos documentos emitidos, também é utilizado o termo “filiação” para indicar os pais do titular do passaporte.
Segundo a Polícia Federal, o termo “genitor” é utilizado no lugar de pai e mãe em respeito às famílias homoafetivas.
“Em nosso passaporte nós estamos acabando com a história de genitor 1 e genitor 2, estamos botando os termos ‘pai’ e ‘mãe'”, disse o presidente durante o evento.
Nesta quarta-feira 10, durante um culto na Câmara dos Deputados pela aprovação da reforma da Previdência – que teve o texto-base aprovado -, o presidente afirmou que um dos seus indicados para próximo ministro do STF será “terrivelmente evangélico”. A bancada evangélica fechou acordo com o governo a favor da reforma da Previdência após conseguir reduzir obrigações fiscais de igrejas.
“O estado é laico, mas nós somos cristãos. Ou, para plagiar a minha querida Damares, nós somos terrivelmente cristãos. E esse espírito deve estar presente em todos os poderes”, declarou.
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