Com a maior fatia dos fundos eleitoral e partidário (cerca de R$ 1 bilhão) e o tempo mais expressivo de TV, ambos consequências de uma bancada volumosa no Congresso, o União Brasil, que nascerá da fusão entre DEM e PSL, tornou-se o partido mais cobiçado no mercado eleitoral. Após a aproximação da futura legenda com o Podemos, que pode resultar numa aliança ou até mesmo na filiação do ex-ministro Sergio Moro, como O GLOBO revelou nesta semana, a pré-campanha do presidente Jair Bolsonaro prepara uma reação para neutralizar o adversário. O plano inclui abrir mão de candidaturas bolsonaristas em estados, em prol de integrantes da nova sigla.
Por dividirem o mesmo eleitorado de direita, Moro é visto hoje como uma das principais ameaças à reeleição do presidente. Diante disso, integrantes do governo deflagraram uma investida para distanciar Moro do União Brasil e trazer a legenda para a órbita do Palácio do Planalto.
Em entrevista à CNN na quinta-feira, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi incisivo ao dizer que mantém contato com lideranças do União Brasil em prol de um possível apoio a Bolsonaro:
— Tenho mantido conversas com pessoas dentro do partido para compreender qual o pensamento deles, já que é um partido que ficou do tamanho que ficou por causa do fenômeno Bolsonaro em 2018.
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