‘Bolsonaro participou de um plano de golpe?’: 47% dos brasileiros acham que sim, mostra pesquisa Quaest

50% dos entrevistados pela consultoria acham justo que Bolsonaro seja preso

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Evaristo Sá/AFP

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Uma nova pesquisa da consultoria Quaest revela que 47% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou ativamente de um plano de golpe de Estado. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira 28.

Segundo os dados da pesquisa, só 40% acreditam na inocência do ex-capitão no caso. Outros 13% não souberam ou não quiserem responder ao questionamento da consultoria.

A pesquisa desta quarta monitora a repercussão das investigações da Polícia Federal que cercam Jair Bolsonaro. Os indícios, até aqui, mostram que ele tinha envolvimento da trama golpista que circulou no seu governo. A PF aponta ainda participação de ministros do seu governo, assessores diretos da Presidência e de militares do alto escalão das Forças Armadas.

Bolsonaro, apesar dos fortes indícios apresentados até aqui, tem negado participação no plano golpista. Ele alega que as investigações seriam uma perseguição política contra a sua figura.

A tese, no entanto, não tem convencido a maioria dos brasileiros, segundo a Quaest. Ao todo, indicam concordância com a alegação de perseguição apenas 39% dos entrevistados pela pesquisa. 53%, por sua vez, acham que Bolsonaro não está sendo perseguido. 7% optaram por não responder.

Há ainda no levantamento a avaliação dos brasileiros sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que tornou o ex-presidente inelegível. A maioria, neste caso, diz ter a visão de que a postura do tribunal foi correta diante dos fatos. O grupo soma 51%. Outros 40% acham que a Justiça errou neste caso.


Bolsonaro preso

A consultoria perguntou, ainda, se seria justo que Bolsonaro fosse preso neste momento. Novamente, o maior grupo aponta para uma posição desfavorável ao ex-capitão. Ao todo, 50% dos brasileiros dizem que sim, seria justo que Bolsonaro fosse preso neste momento. 39% acham que a ação seria uma injustiça contra o ex-presidente. 10% dos entrevistados não responderam.

A pesquisa

Para chegar aos resultados, a Quaest entrevistou 2 mil pessoas em todo o Brasil. As entrevistas são presenciais e feitas por questionários estruturados. A margem de erro geral é de 2,2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. A coleta de dados ocorreu entre os dias 25 e 27 de fevereiro.


O advogado e professor de Direito Constitucional Pedro Serrano comenta as possíveis consequências do discurso realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a seus apoiadores. Confira a análise no canal de CartaCapital no YouTube.

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