Bolsonaro não declarou fuzil e pistola recebidos dos Emirados Árabes, diz site

Itens foram recebidos na mesma viagem que os membros da comitiva presidencial ganharam relógios de luxo das marcas Hublot e Cartier

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Evaristo Sá/AFP

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não declarou ao Departamento de Documentação Histórica da Presidência da República um fuzil e uma pistola recebidos de presente em uma visita oficial aos Emirados Árabes. A informação é do site Metrópoles. 

As armas, da marca Caracal, foram trazidas ao Brasil no avião da Força Aérea brasileira que transportou a comitiva, em 2019. 

Ao chegar no País, as armas foram declaradas à Receita Federal e liberadas. No entanto, os itens não foram listados no órgão que cataloga os presentes destinados ao Chefe do Executivo. 

A informação foi dada pelo próprio Departamento de Documentação Histórica em resposta a questionamentos da Unidade de Auditoria Especializada em Governança e Inovação do Tribunal de Contas da União.

Na resposta ao questionamento do TCU, o DHH afirmou que “quanto aos itens ‘fuzil, marca Caracal, modelo CAR 816 (…)’ e ‘pistola, marca Caracal, modelo 1911 (…)’, eles não constam nos registros do InfoAP relativos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, de modo que a Diretoria de Documentação Histórica não possui informações a seu respeito”.

Após o início das apurações relacionadas a entrada ilegal de joias recebidas como presentes por Bolsonaro, o fuzil e a pistola foram entregues à Polícia Federal. 


Não está claro, porém, se ele pagou o imposto devido neste caso – de 60%, conforme determina a legislação. O valor dos dois itens somados chega a 57 mil reais. 

O fuzil, contam integrantes da comitiva ao jornalista, é personalizado com o nome do ex-capitão. A manutenção dos itens de alto valor no acervo pessoal – assim como no caso das joias – fere o acórdão do Tribunal de Contas da União.

Foi nesta mesma viagem que os membros da comitiva presidencial – que passou 10 dias no Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes – receberam relógios de luxo das marcas Hublot e Cartier, avaliados naquela ocasião em até 53 mil reais.

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