Política
Bolsonaro indica Abraham Weintraub para Banco Mundial
A cadeira representada pelo Brasil na diretoria-executiva do banco é integrada por mais oito países
O governo brasileiro oficializou a indicação do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, para o Banco Mundial. Em nota, afirmou que seu nome foi encaminhado para o diretor-executivo do grupo de países que o Brasil lidera no Banco Mundial.
A cadeira representada pelo Brasil na diretoria-executiva do Branco Mundial é integrada por Colômbia, Equador, Trinidad e Tobago, Filipinas, Suriname, Haiti, República Dominicana e Panamá.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais na tarde desta quinta-feira que oficializava sua demissão, Weintraub citou o convite que recebeu para ser diretor do Banco. “Não quero discutir os motivos da minha saída, não cabe. O importante é dizer que eu recebi um convite para ser diretor de um banco, já fui diretor de banco no passado, porém volto ao cargo no Banco Mundial”, disse.
O ex-ministro agradeceu seus apoiadores e disse que tem “muitos Weintraubs” no País. Também declarou a continuidade do apoio ao presidente Bolsonaro. Reveja o vídeo da saída do ex-ministro gravado ao lado de Bolsonaro.
Agradeço a todos de coração, em especial ao Presidente @jairbolsonaro
O melhor Presidente do Brasil!
LIBERDADE!https://t.co/zYLGh4hntI— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 18, 2020
A saída de Weintraub do cargo vinha sendo especulada desde a divulgação da reunião ministerial do dia 22 de abril, situação em que o então ministro da Educação se referiu aos ministros do STF como “vagabundos” e os ameaçou de prisão. “Eu, por mim, colocava esses vagabundos todos na cadeia. Começando pelo STF”.
No último final de semana, o ministro voltou a criticar os ministros da Corte em uma manifestação que participou em Brasília. Weintraub, inclusive, foi multado em R$ 2 mil por desobedecer lei estadual que determina o uso obrigatório de máscaras em vias públicas da região.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.