Política
Bolsonaro, filhos e aliados se calam após vitória de Lula
O presidente e a família não usam as redes sociais desde o início da apuração e a confirmação da derrota para o petista
O presidente Jair Bolsonaro (PL), seus filhos e muitos aliados não voltaram às redes sociais após a confirmação da vitória do ex-presidente Lula (PT) na eleição do domingo 30. O ex-capitão sequer reconheceu a derrota publicamente e ainda não ligou para o seu adversário.
Nas redes sociais, as últimas publicações de Bolsonaro foram no sábado 29, véspera da eleição. No dia seguinte, seus filhos usaram os seus perfis oficiais para criticar Lula e a esquerda, e defender as operações da Polícia Rodoviária Federal no domingo.
Membros do governo, como o ministro -chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), chegou a publicar que a projeção era uma vitória de Bolsonaro com 50,09% dos votos. Como as demais previsões que o aliado fez durante todo o processo eleitoral, essa foi mais uma errada.
Lula foi eleito para um terceiro mandato com 50,8% dos votos válidos. O petista assumirá em 1º de janeiro o seu terceiro mandato no Palácio do Planalto, depois de ter sido presidente nos períodos de 2003 a 2006 e 2007 a 2011.
Após a vitória, a equipe do presidente eleito pregou um governo que busque a pacificação do País. Alguns esperam já articular a transição a partir desta segunda-feira 31, com a composição de um corpo ministerial que reflita a “frente ampla” e inícios de diálogo com o Centrão.
Contudo, há uma expectativa de que o governo Lula persista com o plano de retirar o sigilo de 100 anos aplicados sobre medidas adotadas pelo governo de Bolsonaro, ainda que possa estressar a extrema direita.
CartaCapital
Há 29 anos, a principal referência em jornalismo progressista no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
