O trabalho do presidente Jair Bolsonaro (PL) é considerado ruim ou péssimo por 53% dos eleitores brasileiros. A indicação consta na nova rodada da pesquisa PoderData, divulgada nesta quinta-feira 14.
O resultado do levantamento indica que, em apenas 15 dias, a avaliação negativa da atuação do ex-capitão cresceu 3 pontos percentuais. No mesmo período, as menções positivas a Bolsonaro ficaram estáveis, repetindo os mesmos 29%.
De acordo com os pesquisadores, o resultado indica que a popularidade de Bolsonaro parou de subir, interrompendo um processo de recuperação que vinha se consolidando em 2022.
Sudeste e Nordeste são as duas regiões onde Bolsonaro tem o pior desempenho. Ao todo, 57% dos eleitores do Sudeste e 53% dos eleitores do Nordeste marcam a avaliação negativa para o ex-capitão. Já o Sul e o Norte são os locais em que o ex-capitão tem o melhor desempenho.
Chama atenção ainda a melhora significativa da avaliação de Bolsonaro entre os eleitores mais jovens, na faixa de 16 a 24 anos de idade, que historicamente é uma das que mais reprovam o trabalho do ex-capitão. Neste segmento, há 15 dias, Bolsonaro era considerado ruim ou péssimo por 56%, a pior avaliação entre as faixas etárias. Nesta quinta-feira, o volume de avaliações negativas é de apenas 45%. As menções positivas ao governo somavam apenas 25% há duas semanas, hoje chegam a 32%.
Além da avaliação, a pesquisa PoderData monitorou ainda a aprovação do atual governo. Neste caso, 56% indicam desaprovar a gestão de Bolsonaro e 36% indicam aprovação da atual gestão. O saldo entre os resultados, que é de 20 pontos percentuais, oscilou 2 pontos para cima, a variação está no limite da margem de erro da pesquisa.
Ainda de acordo com o levantamento, Bolsonaro tem uma avaliação mais positiva entre pessoas com rendas mais altas e de maior idade. Moradores do Centro-Oeste e do Norte também indicam percentuais mais favoráveis ao trabalho do ex-capitão. Confira a estratificação da pesquisa:
Para chegar aos resultados foram realizadas 3 mil entrevistas entre os dias 10 e 12 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login