Bolsonaro diz que “uma das ideias é adiar” protestos de 15 de março

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que “uma das ideias é adiar” as manifestações contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), marcadas para 15 de março. A declaração ocorreu durante transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira 10. Dois dias depois de chamar a crise do novo coronavírus de “fantasia”, Bolsonaro apareceu com uma máscara no rosto na live.

Ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o presidente disse que reconhece a legitimidade do movimento, mas pediu que as pessoas tomem cuidados especiais em relação à pandemia.

“Uma das ideias é adiar. Daqui a um mês, dois meses se faz. Já foi dado um tremendo recado ao Parlamento”, afirmou.

A transmissão teve problemas que prejudicaram a continuidade do discurso. Ainda assim, em um trecho, é possível ouvi-lo dizendo que “o que devemos fazer agora é evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas, porque os hospitais não dariam vazão” e “o sistema não suporta”.

Em um segundo vídeo, Bolsonaro afirmou que “o povo nas ruas, se manifestando de forma ordeira, pacífica e democrática, é um direito dele”. No entanto, declarou que não concorda com protestos contra as instituições da democracia.

“Obviamente, da minha parte, ninguém pode atacar o Parlamento, o Executivo ou o Judiciário. Tem pessoas que não estão de acordo com aquilo que se acha que tem que acontecer, tudo bem. Agora, as instituições em si têm que ser preservadas”, disse o presidente.

Bolsonaro foi submetido a um exame de detecção de coronavírus após voltar de uma viagem de quatro dias aos Estados Unidos. Ele estava acompanhado do chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fábio Wajngarten, que teve infecção comprovada nesta quinta-feira 12. Segundo o presidente, o resultado ainda não foi informado.