Política

Bolsonaro diz que só Deus pode tirá-lo do poder e acusa a imprensa de ‘inventar’ a Covaxin

Em viagem com tom eleitoral ao RN, o presidente da República ainda voltou a pedir o voto impresso e a dizer que não há corrupção no governo

Foto: Reprodução/TV Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a adotar um tom eleitoral em uma viagem ao Nordeste. Nesta quinta-feira 24, em passagem pelo Rio Grande do Norte, ele visitou a Barragem de Oiticica, em Jucurutu. Sem máscara e em frente a uma plateia de apoiadores, negou irregularidades na negociação com a Bharat Biotech – e a intermediação da Precisa Medicamentos – pela vacina indiana Covaxin.

“Dois anos e meio sem uma acusação sequer de corrupção. E não venham inventar vacina, porque não recebemos uma dose sequer dessa que entrou na ordem do dia da imprensa. Temos um compromisso: se algo estiver errado, apuraremos, mas graças à qualidade dos nossos ministros, não temos um só ato de corrupção. Quem podia esperar isso daí?”, disse Bolsonaro.

O ocupante do Palácio do Planalto tornou a afirmar que “só Deus” pode tirá-lo da Presidência e direcionou novos ataques à imprensa.

“Eu não tenho que dar entrevista. Não tenho que responder a perguntas de muitos idiotas que o tempo todo só veem defeito na gente. Não estou livre de errar, mas tenho humildade suficiente para reconhecer quando isso acontece. Foi um milagre a minha vida em 2018, outro milagre a eleição de 2018”, prossguiu.

Em um ambiente favorável, cercado por parlamentares governistas, ministros e militantes, Bolsonaro voltou a defender a impressão do voto a partir das eleições de 2022.

“Podem ter uma certeza: se o Parlamento aprovar e for promulgada essa PEC, teremos voto impresso no ano que vem. E como eu e o Parlamento encarnamos a vontade popular, essa vontade será feita no ano que vem”, repetiu.

Ele também citou o slogan ‘Deus, Pátria, Família’ e disse que “despertou-se o sentimento de patriotismo em nós, brasileiros”.

Na reta final de seu discurso, mencionou diretamente o pleito do ano que vem. “Vocês sabem da importância desse ato cívico que acontece de dois em dois anos. Nós temos, juntos, como fazer um País muito melhor que qualquer outro país do mundo. E isso está nas mãos de vocês”.

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