O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira 4 que, entre todos aqueles que concorreram ao Planalto, espera receber apenas o apoio de Padre Kelmon (PTB) para a disputa de segundo turno contra Lula (PT).
Em coletiva de imprensa realizada em Brasília, o ex-capitão reconheceu que a aliança com o candidato do PTB tem pouca efetividade eleitoral.
“Desses que concorreram aí, o Padre Kelmon é bem vindo”, respondeu Bolsonaro aos jornalistas. “Ele teve uma votação pequena, mas é uma pessoa que mostrou que os cristãos têm que ser respeitados no Brasil e no mundo. O Padre Kelmon tem um valor simbólico muito grande, enorme. Vou conversar com ele”.
Ainda sobre o tema, Bolsonaro avaliou que dificilmente será apoiado pelo PDT, de Ciro Gomes, ou pelo MDB, de Simone Tebet. Apesar disso, celebrou que alguns integrantes dos dois partidos tenham sinalizado que não pretendem apoiar Lula. “Essas sinalizações são bem vindas, porque eles têm noção do que seria o governo PT”.
Bolsonaro disse ainda ter procurado Rodrigo Garcia (PSDB) em São Paulo para costurar, inicialmente, um apoio para Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa com Fernando Haddad (PT) pelo governo do estado. Segundo ele, a aliança pode significar também uma aproximação com membros do PSDB a nível nacional.
“Acredito que uma boa parte do PSDB vai comigo, não vai apoiar o Lula pelo histórico dele e do Haddad em São Paulo”, disse. As declarações foram dadas ao lado de Romeu Zema, governador de Minas Gerais reeleito no primeiro turno, que oficializou seu apoio ao ex-capitão na disputa contra Lula. O fato, segundo Bolsonaro, também facilitaria um diálogo com o Novo, partido do político mineiro.
“Conversando com o governador [Zema], comparei os meus ministros com aqueles que viriam em uma hipotética e improvável eleição do ex-presidente Lula. Simplesmente incomparável”, afirmou. “O apoio do Zema é muito importante, é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil e é decisivo. Só quem ganha lá pode chegar à Presidência da República”.
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