Política

Bolsonaro diz que secretário investigado pela PF está “está mais firme do que nunca”

Wajngarten é alvo de um inquérito da Polícia Federal, que investiga os crimes de corrupção passiva, peculato e advocacia administrativa

Bolsonaro diz que secretário investigado pela PF está “está mais firme do que nunca”
Bolsonaro diz que secretário investigado pela PF está “está mais firme do que nunca”
Secretário Especial de Comunicação Social da Secretaria de Governo, Fabio Wajngarten, conversa com a imprensa após a cerimônia. (Foto: Alan Santos/PR)
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou, na manhã desta quarta-feira 05, sobre a situação do chefe da Secom (Secretaria de Comunicação) de seu governo, Fabio Wajngarten, que está sendo investigado pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva, peculato e advocacia administrativa por supostos conflitos de interesses entre seu cargo público e as empresas privadas que administra.

Para o presidente, a investigação não torna o secretário um criminoso e o fato de que a denúncia foi originária do Ministério Público Federal (MPF) fez Bolsonaro diminuir a situação.

“Não foi a PF que abriu [o inquérito]. O MP que pediu que fosse investigado. Então é completamente diferente do que você está falando. Dá a entender que ele é um criminoso – não é criminoso, eu não vi nada que atente contra ele”, afirmou Bolsonaro ao sair do Palácio da Alvorada.

Ele também garantiu que o posto de trabalho do secretário está garantido “Muda o disco. Wajngarten continua mais firme do que nunca”, disse à jornalistas.

O jornal Folha de S. Paulo apontou, em janeiro, que Wajngarten é suspeito de irregularidades por contratos com emissoras de televisão e agências de publicidade. O secretário é sócio de uma firma que tem contratos com empresas de comunicação – ao mesmo tempo, as mesmas empresas de comunicação recebem verbas da secretaria que ele comanda.

O chefe da Secom já é alvo de uma ação popular protocolada pelo PSOL, que pede sua demissão. Também foi notificado a prestar informações à Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República, sobre três representações relacionadas aos contratos com emissoras de televisão e agências de publicidade.

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