Política

Bolsonaro diz que reajuste salarial a policiais está suspenso

Presidente da República destacou somente duas alternativas: favorecer os policiais ou não dar reajuste para ninguém

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que está suspenso o reajuste salarial para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes do Departamento Penitenciário Nacional, o Depen. A declaração ocorreu durante entrevista à Jovem Pan News, nesta quarta-feira 19.

O ex-capitão admitiu que havia prometido a essas categorias um aumento na remuneração neste ano, que viria de parte da reserva de 1,8 bilhão de reais destinados ao reajuste salarial do serviço público no Orçamento deste ano. No entanto, outras categorias do funcionalismo demonstram insatisfação com a promessa e têm se mobilizado para reivindicar reajustes em seus setores.

“Há uma grita de maneira geral porque a intenção inicial foi essa, sim, não vou negar, reservar algum reajuste para os policiais federais, os policiais rodoviários federais e o pessoal do Depen. E, então, isso está suspenso”, declarou.

Na sequência, Bolsonaro destacou somente duas alternativas: favorecer apenas os agentes de segurança ou não conceder reajuste para nenhuma categoria.

“Estamos aguardando selar as transações. Ou seja, a gente pode aí fazer justiça com três categorias. Não vai fazer justiça com as demais, sei disso. Mas fica aquela velha pergunta a todos, né: vamos salvar três categorias ou vai todo mundo sofrer no corrente ano? O tempo vai dizer como a gente vai decidir. O que eu não quero é que a gente passe por cometer injustiça perante o servidor público.”

Em entrevista a CartaCapital, uma das lideranças sindicais da mobilização dos servidores, Fábio Faiad, disse que está mantida a perspectiva de greve em fevereiro. Na terça-feira 18, funcionários públicos protestaram em frente ao Ministério da Economia e arremessaram cédulas de dinheiro no prédio.

Os servidores reivindicam reajuste de até 28% para repor perdas salariais com a alta da inflação. Segundo Faiad, algumas categorias não recebem acréscimo nas remunerações desde 2017. Além disso, os trabalhadores pedem reestruturação do plano de carreira e suspensão de cortes orçamentários aos órgãos públicos.

 

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