Política

Bolsonaro diz que desmatamento não vai acabar porque é ‘cultural’

A resposta do presidente é sobre o aumento de quase 30% do desmatamento na Amazônia no último ano

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente da República, Jair Bolsonaro. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira 20, que o desmatamento e as queimadas não vão acabar, pois se trata de uma questão “cultural”. “Você não vai acabar com o desmatamento nem com queimadas, é cultural. Eu vi a Marina Silva criticando anteontem. No período dela tivemos a maior quantidade de ilícitos na região amazônica”, respondeu o presidente.

Bolsonaro havia sido questionado se conversou com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o desmatamento, que cresceu quase 30% na Amazônia de agosto de 2018 a julho de 2019.

Os dados foram divulgados na segunda-feira (18) são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), considerado o mais preciso para medir as taxas anuais.

O desmatamento vem crescendo desde 2017, após os números terem apontado uma pequena queda em relação aos dados do ano anterior. As taxas anuais são primeiramente detectadas pelo PRODES a partir das imagens de satélite que cobrem a Amazônia Legal.

Em um primeiro momento, são apresentados dados brutos sobre as estimativas de desmatamento. No primeiro semestre de 2020, devem ser liberados os dados consolidados com outros sistemas de monitoramento.

Entidades ambientalistas relacionam o discurso do presidente Jair Bolsonaro ao aumento da atividade ilegal na floresta. Desde a campanha eleitoral, Bolsonaro critica uma suposta “indústria de multas” composta pelo Ibama e por demais órgãos de fiscalização, além de demonstrar interesse em legalizar o garimpo na Amazônia.

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