Guerra na Ucrânia criou ‘oportunidade’ para exploração de terras indígenas, diz Bolsonaro

'Uma parte considerável de indígenas quer produzir, quer trabalhar, mas não pode dado a essa legislação que foi imposta', declarou o presidente

O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante entrevista em Moscou, na Rússia. Foto: Reprodução

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, nesta segunda-feira 7, o garimpo e a mineração em terras indígenas, além de criticar as demarcações.

De acordo com Bolsonaro, a invasão da Ucrânia pela Rússia criou uma oportunidade para a exploração de terras demarcadas, visando a produção de fertilizantes“Antes tarde do que nunca”, declarou, apontando um motivo para justificar a exploração de terras indígenas.

Em entrevista à Rádio Folha, de Roraima, o ex-capitão citou o projeto de lei que permite a exploração de reservas por um período de dois anos e sinalizou que o Congresso votará em caráter de urgência proposta que prorroga o prazo.

“Daqui 2 ou 3 anos podemos dizer não sermos mais dependentes da importação de potássio para o nosso agronegócio”, disse.

O presidente afirmou ainda que a demarcação de terras yanomamis e a Reserva Raposa do Sol deixaram o Brasil dependente da importação de arroz.

“O brasileiro é autofágico, ele se destrói sozinho em nome de uma coisa que o próprio indígena não aceita mais”, declarou. “Uma parte considerável de indígenas quer produzir, quer trabalhar, mas não pode dado a essa legislação que foi imposta de fora para dentro do Brasil”.


Na conversa, o ex-capitão ainda disse que Roraima é um estado tomado “por terras indígenas”. “Muitas áreas voltadas para a proteção ambiental que na verdade sufocaram o estado”, afirmou.

“Temos projeto desde 2020 que permite explorarmos essas terras indígenas. Se eles concordarem, podemos explorar minérios, fazer hidrelétricas, o que o fazendeiro faz na tua terra, o indígena pode fazer do lado”, disse.

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