Política

Bolsonaro admite que pode vetar PL das fake news: “Não vai vingar”

Aprovado no Senado com polêmicas, texto que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet vai à Câmara

O presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro assumiu nesta quarta-feira 1 que pode vetar o projeto da PL das Fake News aprovado pelo Senado. Em conversa com seus apoiadores no Palácio da Alvorada, ele disse acreditar que a proposta “não vai vingar” e que deve ser rejeitada pelos deputados.

“Acho que na Câmara vai ser difícil aprovar. Agora, se for, cabe a nós ainda a possibilidade de veto, tá ok? Acho que não vai vingar esse projeto, não”, disse.

Bolsonaro ainda disse que conversou com um senador que revelou a ele ter se equivocado ao votar favoravelmente à proposta e que acredita que o mesmo pode ter acontecido com outros parlamentares.

 

“Foi aprovado o projeto ontem com uma diferença pequena de votos. Eu falei com um senador que votou favorável, ele falou que como era virtual ele se equivocou, assim deve ter acontecido com outros”, declarou o presidente.

O texto base que institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet foi aprovado em sessão no Senado na terça-feira 30 pelo placar de 44 votos favoráveis e 32 contrários, com 2 abstenções. Após a análise dos senadores, a matéria segue para a Câmara dos Deputados.

A proposta, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), tramitou com muitas críticas após o relator do caso, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), apresentar um novo relatório.

Entidades ligadas ao tema não descartam a importância de regular a questão das fake news, mas apontam que o texto de Angelo Coronel oferece sérios riscos à liberdade de expressão e à privacidade dos usuários.

Ao final da conversa com seus apoiadores, o presidente Bolsonaro disse que “tem que ter liberdade”. “Ninguém mais do que eu é criticado na internet. Nunca reclamei. E, no meu Facebook, quando o cara faz baixaria eu bloqueio. É um direito meu”, reagiu Bolsonaro.

Seus filhos, Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro, também criticaram a PL nas redes sociais.

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