Justiça

Barroso arquiva pedido para admitir a pena de morte no Brasil

O presidente do STF rejeitou embargos contra uma decisão de abril que negava a solicitação

Barroso arquiva pedido para admitir a pena de morte no Brasil
Barroso arquiva pedido para admitir a pena de morte no Brasil
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, rejeitou um recurso e arquivou um pedido para “adequar o texto constitucional” a fim de admitir a aplicação da pena de morte em determinadas circunstâncias.

Barroso havia negado a solicitação em abril, mas o autor recorreu. Nesta quarta-feira 24, o ministro afastou os chamados embargos de declaração e determinou o arquivamento da reclamação constitucional.

O autor — que não é advogado e não conta com um representante —  demandava a admissão da pena de morte em “operações de intervenção estatal contra grupos rebeldes e facções criminosas, sob o fundamento de que tais situações configuram materialmente um estado de guerra interna”.

Barroso avaliou, porém, que o pleito “não se amolda a qualquer das hipóteses de cabimento de reclamação” e afirmou que o autor constava como parte de pelo menos 95 processos protocolados desde agosto de 2024, especialmente habeas corpus — a maioria deles referente a assuntos alheios à liberdade de locomoção.

“Adverte-se o requerente de que novas petições apresentadas em descompasso com essas diretrizes, em qualquer classe processual, serão consideradas atos atentatórios à dignidade da justiça“, reagiu o ministro, em abril. “A conduta será punida com a aplicação de multa pessoal.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo