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As reações no governo Lula sobre a força de Massa e o 2º turno contra Milei na Argentina

Na semana passada, Fernando Haddad havia alertado sobre a preocupação da gestão Lula com uma eventual vitória da ultradireita

Sergio Massa discursa para apoiadores após vencer o 1º turno da eleição Argentina; ele efrentará Milei no dia 19 de novembro. Foto: JUAN MABROMATA / AFP
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Integrantes do primeiro escalão do governo Lula (PT) comentaram nesta segunda-feira 23 o resultado da eleição presidencial na Argentina, que terá em novembro um segundo turno entre Sergio Massa, ministro da Economia, e Javier Milei, da aliança de ultradireita La Libertad Avanza.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que vem acompanhando “com interesse” o pleito no país vizinho. “Integração [regional] é importante para o Brasil”, ressaltou o petista. Segundo ele, uma eventual mudança no Mercosul “tem implicações muito grandes” para a negociação do acordo entre o bloco sul-americano e a União Europeia.

Na semana passada, Haddad havia alertado sobre a preocupação do governo brasileiro com uma eventual vitória de Milei, que já se manifestou na campanha contra as políticas de integração na região. Analistas afirmam que um eventual triunfo do candidato pode enfraquecer o bloco. 

Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) adotaram um tom mais político nas declarações. Ambos destacaram seu rechaço a Milei e seu apoio a Massa, que liderou a votação do primeiro turno, no domingo 22.

Compartilhando uma publicação do presidente argentino, Alberto Fernández, na rede X, Padilha parabenizou Massa pela votação e disse estar na torcida “para que aqueles que desprezam a vida e a democracia sejam derrotados”. 

Ao discursar, na noite de domingo, Massa deu um claro sinal à candidata direitista Patricia Bullrich, que ficou em terceiro lugar, dizendo que pretende se unir às forças que compartilham com ele “valores democráticos”. Já o discurso de Milei foi marcado por uma sinalização mais explícita sobre a divisão no país. O “libertário” disse, em vários momentos, que pretende “destruir” o kirchnerismo [referência ao movimento que tem como principal líder a vice-presidenta Cristina Kirchner]. 

“Uma forte resposta do povo argentino nas urnas hoje”, comentou Pimenta, que também parabenizou Massa.

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