As propostas de Fernando Haddad para a segurança pública e a assistência social

Em lançamento de plataforma virtual para receber sugestões, o petista contou estar se aproximando, com a ajuda de aliados, de líderes das polícias

O candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Foto: Reprodução

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O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, afirmou que está se aproximando de lideranças da Polícia Civil e da Polícia Militar com a ajuda de aliados, para elaborar propostas na área da segurança pública. O petista falou sobre o assunto durante o lançamento de uma plataforma virtual para receber sugestões ao seu programa de governo.

No evento, o ex-prefeito da capital paulista disse que tem dialogado com “lideranças que têm uma filosofia de sociedade parecida” com a de sua pré-candidatura.

“Nós queremos uma sociedade de paz, uma sociedade de prosperidade”, afirmou.

Na ocasião, ele adiantou que uma de suas propostas para a segurança pública é criar um “plano de metas” associado a um plano de valorização profissional dos agentes de segurança.

O plano de metas estaria baseado na medição da redução da criminalidade e do aumento da resolução de casos, entre eles homicídios, latrocínios, estupros, abusos contra crianças, roubos e furtos.

A novidade, segundo ele, seria ligar esse projeto a um plano salarial, de carreira, de formação continuada e de investimentos em novas tecnologias.


“Esse é um grande desafio do nosso próximo governo”, afirmou o pré-candidato.

No campo da assistência social, o petista disse que deve priorizar a criação de programas emergenciais, sobretudo para reduzir a população em situação de rua. Para a geração de empregos, prometeu a reindustrialização do estado com a “quarta revolução industrial”.

“São 40 mil pessoas só na capital. Vamos ter programas emergenciais que vão lidar com a base da pirâmide, na construção civil e em frentes de trabalho”, disse. “Mas não podemos dispensar uma visão de médio e longo prazo, e, para isso, quero criar o Sistema Estadual de Inovação, que vai congregar o governo, as instituições de pesquisa e o setor privado. É isso o que promove o emprego de qualidade.”

Em crítica ao presidente Jair Bolsonaro (PL), Haddad citou o que chamou de “péssima gestão da crise sanitária” como fator responsável pela piora nos índices de educação, como o aumento do analfabetismo e da evasão escolar.

“Foram 72 conferências nacionais [nos governos do PT]. Só na área da educação, foram quatro. E o Plano Nacional de Educação, que foi rasgado pelo atual governo, foi construído a partir dessas quatro conferências”, afirmou.

Segundo ele, a plataforma Fala SP é uma “primeira portinhola” aberta no Palácio dos Bandeirantes. O pré-candidato relatou ter ouvido de eleitores que falta um canal de relação entre a população e o governo do estado.

“É curioso que, nas nossas viagens pelo interior, o que as pessoas mais pedem é para manter as portas do Palácio dos Bandeirantes abertas, porque ninguém conhece o Palácio, nem fisicamente, nem metaforicamente. Não houve interação com a sociedade”, afirmou. “Vejo um anseio muito grande de participação.”

Segundo pesquisa Exame/Ideia, Haddad está na liderança das intenções de voto, com 27%, seguido do candidato indicado por Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Márcio França (PSB) com 14% e Rodrigo Garcia (PSDB) com 11%.

 

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