Política

‘As eleições são uma realidade e são inegociáveis’, diz Rodrigo Pacheco

O presidente do Senado fez um pronunciamento na tarde de sexta-feira 9 para declarar a posição do Congresso sobre as especulações 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Foto: Marcos Brandão/Agência Senado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), fez um pronunciamento na tarde desta sexta-feira 9 para declarar a posição do Congresso sobre as especulações e o acirramento de ânimos entre as instituições.

As declarações vêm depois de o presidente Jair Bolsonaro, nesta manhã, voltar a ameaçar a realização das eleições previstas para o ano que vem, afirmando que se a votação não for ‘limpa’, não ocorrerá.

Pacheco reafirmou os compromissos do Congresso com a República e os fundamentos de soberania e cidadania. Disse também que não admitirá nenhum atentado à independência entre os Poderes e sobretudo às prerrogativas dos parlamentares.

“Não podemos admitir qualquer tipo de fala, ato ou menção que seja atentatória à democracia ou que estabeleça um retrocesso ao que a geração anterior conquistou e que a minha tenta manter”.

Ele ainda repudiou as especulações sobre a não realização das eleições em 2022. “Nós não admitiremos qualquer tipo de retrocesso nesse sentido”, disse Pacheco.

“Todo aquele que pretender algum retrocesso ao Estado Democrático de Direito, esteja certo de que será apontado pelo povo brasileiro e pela História como inimigo da nação e como alguém privado de algo muito importante para os brasileiros e para o Brasil, que é o patriotismo. Neste momento em que precisamos de união, pacificação, de busca de consenso, mas precisamos também de firmeza para firmar os princípios e preceitos constitucionais que não serão  transigidos, de forma alguma, pelo Congresso Nacional”.

Questionado sobre as alegações de fraudes, ele declarou confiar na Justiça Eleitoral e não acreditar que o sistema seja frágil.

“A discussão sobre o voto auditável é uma discussão válida e que se pode ter com todos os personagens da República”, afirmou. “Essa definição não será feita pelo Poder Executivo, não será feita pelo TSE. Será feita pelo Congresso Nacional, através de uma proposta. E a decisão que houver terá de ser respeitada por todos os Poderes e por todas as instituições no Brasil”.

Pacheco ainda disse que os episódios que aconteceram nesta semana já foram esclarecidos, resolvidos e encerrados.

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