Política

‘Articulação precisa estar mais atenta’, diz Lira após encontro com Lula

Apesar do alerta, o político do Centrão negou que o Congresso esteja criando obstáculos para Lula

O presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Ricardo Stuckert/PR
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira 5, que o governo federal “precisa estar mais atento” quanto a articulação política. 

A declaração foi dada pouco tempo após Lira ter se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta segunda-feira, em Brasília. Segundo o político alagoano, o petista precisaria fazer uma “arrumação mais efetiva” da base do governo na Câmara. 

O governo precisa se mobilizar. A articulação precisa estar mais atenta. Penso que, nessas discussões, o governo vai a partir de hoje, com a presença do presidente Lula, ter uma participação maior na construção dessa base mais sólida”, afirmou.

O presidente da Casa ainda alegou não haver “queda de braço” entre o Congresso e o chefe do Executivo. A avaliação ocorre após uma semana conturbada nas negociações pela aprovação das medidas provisórias do governo. Na Câmara liderada por Lira, o avanço do marco temporal também tramitou como uma espécie de recado ao petista. O cacique do Centrão, porém, nega a criação de obstáculos:

“Nosso papel é de ser facilitador, desmistificar essa queda de braço constante entre Lula e Lira, Lira e Lula. Isso não existe. O governo não teve nenhum ato arredio de nossa parte, nenhum tipo de imputação de derrotas em matérias importantes”, disse. 

“O Congresso é liberal e conservador, com suas pautas próprias. Tem matérias que têm dificuldades de serem tratadas no plenário, como a questão do marco temporal. Nada tem a ver com perseguição aos povos originários”, completou. 

Lula, por sua vez, ainda não compartilhou sua posição sobre o encontro com Lira nesta segunda-feira. Ao final da semana passada, ele também minimizou as desavenças com o Congresso e defendeu a liberdade dos parlamentares de mudarem as propostas do governo. Em outro momento, o petista reconheceu o cenário desfavorável nas relações com o Legislativo.

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