Política

Aras rejeita abrir investigação contra Bolsonaro por cheques de Queiroz a Michelle

Para o PGR, ‘inexiste notícia de (…) indícios do cometimento de infrações penais pelo Presidente da República’

Augusto Aras e Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou ao Supremo Tribunal Federal que não vê “indícios do cometimento de infrações penais pelo presidente” Jair Bolsonaro no episódio dos cheques direcionados por Fabrício Queiroz à primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Segundo o chefe da PGR, “é notório que as supostas relações espúrias entre o senador Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foram objeto de oferecimento de denúncia, na primeira instância, em desfavor de ambos e de outras pessoas supostamente envolvidas nos crimes correlatos”.

Para Aras, “inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a investigação que precedeu a ação penal em curso, indícios do cometimento de infrações penais pelo Presidente da República. Os fatos noticiados, portanto, isoladamente considerados, são inidôneos, por ora, para ensejar a deflagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo”.

No dia 27 de abril, o ministro Marco Aurélio Mello, decano do STF, mandou a PGR se manifestar sobre o caso. Queiroz é acusado pelo MP do Rio de operar um esquema de rachadinha de salários no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) em seus tempos de deputado estadual.

Os depósitos foram divulgados pela revista Crusoé, que teve acesso aos autos da movimentação bancária de Queiroz e desmentem a versão de Bolsonaro sobre um cheque de 24 mil reais que já havia sido revelado na conta de Michelle. À época, o presidente afirmou que o pagamento se referia a um empréstimo de 40 mil reais que Queiroz devia à família.

A quebra de sigilo mostra ao menos 21 depósitos, ocorridos entre 2011 e 2018, que totalizariam 72 mil reais. Posteriormente, foram identificados outros depósitos, no total de 17 mil reais, feitos pela esposa de Queiroz, Márcia Aguiar. Não há movimentações que comprovem o empréstimo de Bolsonaro a Queiroz.

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