O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou ao Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) uma investigação sobre a agressão a profissionais de imprensa nas manifestações ocorridas no domingo 3, que pediram o fim do sistema democrático brasileiro.
“Tais eventos, no entender deste procurador-geral da República, são dotados de elevada gravidade, considerada a dimensão constitucional da liberdade de imprensa, elemento integrante do núcleo fundamental do Estado Democrático de Direito”, escreveu o procurador.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro, que participou dos protestos, atribuiu a responsabilidade das ações violentas a “algum maluco infiltrado”. O chefe do Palácio do Planalto condenou “qualquer agressão”, mas colocou sob dúvida a veracidade dos relatos de violência física aos profissionais.
Na ocasião, o repórter fotográfico Dida Sampaio, do jornal O Estado de S. Paulo, registrava imagens do presidente da República, quando recebeu chutes e socos. O motorista do veículo, Marcos Pereira, também foi alvo de uma rasteira.
A diretoria do veículo publicou uma nota em que repudiou “veementemente os atos de violência” e classificou as ações como “agressão covarde contra o jornal, a imprensa e a democracia”. A empresa também pediu “apuração penal e civil” das agressões por agentes públicos independentes.
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