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Após ver Biden em piquete nos EUA, Lula diz esperar convite de sindicatos para repetir a cena no Brasil

Norte-americano foi ao encontro de trabalhadores para demonstrar apoio aos grevistas do setor automotivo; Lula cita encontro com ele em Nova York como motivador da ação

Após ver Biden em piquete nos EUA, Lula diz esperar convite de sindicatos para repetir a cena no Brasil
Após ver Biden em piquete nos EUA, Lula diz esperar convite de sindicatos para repetir a cena no Brasil
Foto: EVARISTO SA / AFP
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O presidente Lula afirmou estar pronto para repetir a cena protagonizada por Joe Biden, nos EUA, nesta terça-feira 26, quando o norte-americano participou de um piquete de trabalhadores grevistas em uma fábrica em Michigan. Na ocasião, Biden demonstrou apoio aos pedidos dos trabalhadores para empresários e se tornou o primeiro presidente em exercício a participar de uma greve no país.

Lula, nesta quarta-feira 27, celebrou a ação e citou o encontro que os dois tiveram em Nova York, na semana passada, como possível motivador da ação. Na ocasião, ele e Biden lançaram uma iniciativa para fomentar o trabalho digno, em parceria com sindicatos dos dois países.

“Ontem eu vi o Biden na porta de uma indústria, os trabalhadores em greve e ele com um megafone falando com trabalhadores”, iniciou o brasileiro. “Eu lembrei de uma coisa que aconteceu na semana passada em Nova York. Pela primeira vez, um presidente americano e um brasileiro se reuniram para uma campanha de trabalho decente no mundo. Isso nunca tinha acontecido ou sequer era imaginado”, citou Lula logo em seguida.

Pouco mais adiante, ao se dirigir ao presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges Júnior, que estava no evento, disse aguardar convites para reproduzir a cena no Brasil.

“Ontem quando vi o Biden na porta de fábrica…Acho que precisam me convidar para porta de fábrica para falar com um megafone pros trabalhadores brasileiros”, disse em tom bem-humorado, retomando sua carreira política como sindicalista.

Novo PAC

O evento desta quarta-feira 27, realizado em Brasília, reuniu prefeitos, governadores e empresários para o lançamento de uma nova rodada de investimentos do Novo PAC. O foco da iniciativa lançada nesta quarta é investir 65,2 bilhões de reais em estados e municípios.

Segundo o governo federal, estados e municípios poderão inscrever propostas relacionadas a seis ministérios – Cidades, Saúde, Educação, Cultura, Justiça e Esporte – até o dia 10 de novembro de 2023. Os empreendimentos serão selecionados no período seguinte.

A ideia, informa o Planalto, é fomentar iniciativas dentro dos programas de saneamento e abastecimento de água, mobilidade urbana, prevenção de desastres, além de construção de creches, escolas e espaços esportivos e culturais. A construção de unidades de saúde, policlínicas e maternidades, bem como a aquisição de ambulâncias do SAMU estão contempladas no programa.

Sobre o tema, Lula destacou o período de inscrição das obras como ‘hora ideal para ouvir reclamações e reivindicações’ dos prefeitos e governadores, independentemente do partido.

“Não tem problema reclamar e reivindicar. Sei que teve quebra na arrecadação, por isso mandamos lei dizendo que nenhum prefeito vai receber menos do que recebeu esse ano”, resumiu em determinado momento.

‘Em troca’, Lula pediu que as obras nos estados e municípios foquem na contratação de pessoas das próprias comunidades contempladas.

“Queria pedir em contrapartida de vocês, prefeitos, governadores e empresários, que nessas obras do PAC, deem preferência e contratem pessoas da cidade, da comunidade”, solicitou o presidente. “Na hora de contratar trabalhadores, veja se tem gente na comunidade da obra. Assim a gente gera emprego, desenvolvimento, comércio e faz dinheiro circular, diminui, inclusive, a bandidagem se a gente gerar emprego, salário e renda”, insistiu Lula no discurso.

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