Aparentemente, o serviço de restituição de bagagens da Polícia Federal é mais eficiente do que o das companhias aéreas. Menos de 24 horas após a mídia noticiar o sumiço de duas pequenas malas encontradas no bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima, o delegado Eugênio Ricas, diretor de Combate ao Crime Organizado, apresentou as valises desaparecidas.
Um relatório subscrito pelo escrivão Francisco Antonio Lima de Souza informa que, durante a Operação Tesouro Perdido, foram apreendidas nove malas no apartamento em Salvador atribuído ao peemedebista.
Quando o material chegou à Superintendência da PF em Brasília, ‘foi constatada a presença de somente sete malas, sendo seis grandes e uma pequena’.
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Segundo o delegado, tudo não passa de um mal entendido. Durante a busca, os agentes da PF encontraram cerca de 51 milhões de reais em espécie. As notas em dólar e em moeda nacional foram contadas e depositadas em um banco na Bahia.
Apenas as malas, vazias, foram despachadas para Brasília, onde foram periciadas. Na hora de acomodá-las no depósito da corporação, duas malas menores ficaram dentro de outras maiores, o que induziu o escrivão ao erro, emenda Ricas.
Em tempo: o relatório não faz referência às caixas de papelão encontradas ao lado das malas, como se vê na foto de divulgação da maior apreensão em dinheiro vivo da história da PF.