Política

Após pressão do governo, Pacheco decide adiar sessão do Congresso para a próxima semana

Apesar do adiamento, Pacheco não cravou se irá instalar a CPMI do 8 de Janeiro, proposta por parlamentares bolsonaristas para investigar o governo

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: Sergio Lima/AFP
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu adiar para o próximo dia 26 de abril a sessão conjunta do Congresso Nacional prevista para esta terça-feira. A decisão foi tomada durante reunião dos líderes partidários na residência oficial do Senado.

Parlamentares da oposição esperavam que, durante a sessão, Pacheco lesse o requerimento de instalação da CPMI para investigar a suposta omissão do governo diante dos atos golpistas de 8 de Janeiro. A leitura do documento é o primeiro passo à criação da comissão.

A suspensão atende a um pedido de líderes da base do governo Lula (PT). Em ofício enviado a Pacheco, deputados solicitaram o adiamento com base na entrega do projeto de lei que viabiliza o pagamento do piso salarial da enfermagem, a ser encaminhado ao Congresso no final da tarde.

Apesar do adiamento, o presidente do Senado não cravou se lerá o requerimento da CPMI. Mais cedo, o senador mineiro disse que a criação dos colegiados é “um direito da minoria”.

O pedido de abertura da CPMI, apresentado pelo deputado André Fernandes (PL-CE), conta hoje com o apoio de ao menos 194 deputados e 37 senadores. Pelo regimento interno do Congresso, o requerimento precisa atingir o mínimo de assinaturas de 171 deputados e 27 senadores.

Com o adiamento da sessão, integrantes do governo pretendem intensificar o movimento de retirada das assinaturas do requerimento. O presidente Lula, por exemplo, já se manifestou de forma contrária à instalação de comissões para investigar os atos golpistas por crer que as apurações em curso na justiça são suficientes para punir os envolvidos.

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