Política

Após novos ataques infundados de Bolsonaro, Lira segue Pacheco e defende o sistema eleitoral

‘Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas’, afirmou o presidente da Câmara, aliado do ex-capitão

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta quinta-feira 28 o sistema eleitoral brasileiro, um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro voltar a fazer insinuações infundadas sobre o processo.

Pelas redes sociais, Lira – aliado de Bolsonaro e um dos líderes do Centrão – afirmou que o processo eleitoral no País “é uma referência”. E emendou: “Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir – sem tensionamentos – para as eleições livres e transparentes”.

Horas antes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse não ter “cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil”. Ele afirmou que as urnas eletrônicas são “confiáveis” e que a Justiça Eleitoral é “eficiente”.

“As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado”, escreveu Pacheco nas redes.

Na quarta-feira 27, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro insinuou a possibilidade de fraude nas eleições de 2014, hipótese já descartada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Também declarou ser preciso ter a participação das Forças Armadas para que a haja “confiança” no sistema eleitoral.

No evento, dedicado a uma suposta defesa da liberdade de expressão por ocasião da condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) pelo Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro lembrou, em uma menção ao ministro Luís Roberto Barroso, que comanda as forças de segurança.

“Eles convidaram as Forças Armadas a participar do processo. Será que ele se esqueceu de que o chefe das Forças Armadas se chama Jair Messias Bolsonaro?“, perguntou. “Nos convidaram? Nós não seremos moldura. Não iremos para lá para bater palmas.”

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