Política

Após Guedes defender CPMF, Bolsonaro diz que está disposto a conversar

‘Falei que não pretendo recriar a CPMF’, disse o presidente; ministro argumenta que imposto ‘baixinho’ não distorce a economia

Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que não pretende recriar o imposto de Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) e que está disposto a conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o tema. A declaração ocorreu nesta quinta-feira 22, no Palácio da Alvorada, em Brasília, um dia após Guedes apoiar publicamente a taxa.

“Vou ouvir a opinião dele”, disse o presidente, sobre o ministro. “Se desburocratizar muita coisa, diminuir esse cipoal de impostos, essa burocracia enorme, eu estou disposto a conversar. Não pretendo, falei que não pretendo recriar a CPMF.”

Na quarta-feira 21, Guedes confirmou a intenção do governo em criar um imposto federal sobre transações financeiras, nos moldes da extinta CPMF, para desonerar a folha de pagamentos. Segundo ele, a equipe econômica encaminhará, em breve, ao Congresso Nacional, uma proposta de reforma tributária, que pode incluir o tributo.

“O imposto sobre transações foi usado e apoiado por todos os economistas brasileiros no governo Fernando Henrique. O imposto tem uma capacidade de tributação muito rápida, muito intensa. Ele põe dinheiro no caixa rápido”, defendeu, em entrevista após reunião, em Brasília, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e líderes partidários.

Guedes diz que caberá aos parlamentares decidir pela criação da contribuição. Ele afirmou que o imposto não deve ter impactos negativos significantes.

“Se for baixinho [o imposto], não distorce tanto [a economia]. Mas essa vai ser uma opção da classe política. Eles têm que decidir. Podemos propor uma desoneração forte na folha de pagamentos, a troco desse imposto. Se a classe política achar que as distorções causadas por esse imposto são piores do que os 30 milhões de desempregados sem carteira de trabalho, eles decidem. É uma opção difícil, é um trabalho difícil”, argumentou o ministro da Economia.

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