Educação

Após escândalo, ex-ministro da Educação rompe de vez com Bolsonaro: ‘Vai terminar na panela’

Abraham Weintraub fez uma série de publicações nas redes sociais criticando o antigo aliado, que teria traído os eleitores conservadores ao se unir com nomes do Centrão

Foto: Marcos Corrêa/PR
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O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB) parece ter rompido de vez com Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira 24 após a revelação de que o ex-capitão pode ter interferido nas investigações contra Milton Ribeiro, seu sucessor no MEC.

Em uma série de publicações nas redes sociais, ele chamou Bolsonaro de ‘maior traíra’ e afirmou que as ações do atual presidente acabaram com o Brasil. Os dois políticos estavam afastados desde que Weintraub desafiou as orientações de Bolsonaro e manteve sua pré-candidatura para o governo de São Paulo para disputar voto com Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Prometeu um governo conservador e sem corrupção. Entregou um governo Centrão-Militar. A maior traira vai terminar na panela…A vida de luxo no jet ski da Marinha custou o Brasil!”, atacou Weintraub.

Na publicação, um internauta ainda rebateu as críticas de Weintraub alegando ser ‘feio cuspir no prato em que comeu’, lembrando que ele ocupou o cargo de ministro do governo por mais de um ano. Ele então responde: “E roubar? É feio?”, insinuando que o ex-capitão também cometeu desvios.

Em uma publicação anterior já havia acusado Bolsonaro de mau uso de recursos públicos por promover passeios de jet ski. “Eu traí por ser honesto e permanecer honesto? Observe que o jet ski [que Bolsonaro usa] é da Marinha e a gasolina é paga com nossos impostos”, escreveu.

Vale ressaltar que as críticas de Weintraub ocorrem na esteira dos novos capítulos nas denúncias de corrupção no MEC na gestão de Milton Ribeiro em uma tentativa de se distanciar do atual governo, que enfraqueceu ainda mais seu discurso anti-corrupção.

Weintraub foi ministro por mais de um ano e alega ter sido retirado do ministério por não compactuar com os esquemas de corrupção revelados recentemente. Ao deixar o cargo, no entanto, ele se manteve próximo a Bolsonaro e alimentava a expectativa de ter o apoio do presidente na disputa pelo governo em SP. A série de ataques e insinuações de que Bolsonaro seria corrupto só iniciou ao ser preterido pelo ex-capitão, que escolheu Tarcísio de Freitas como seu candidato.

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