Política

Apesar do desconforto com Alckmin, PSOL deve participar da coordenação da campanha de Lula

Integrantes dos partidos debatem desde março os pontos da plataforma programática dos socialistas que serão incorporados ao programa de governo do ex-presidente

Apesar do desconforto com Alckmin, PSOL deve participar da coordenação da campanha de Lula
Apesar do desconforto com Alckmin, PSOL deve participar da coordenação da campanha de Lula
Foto: Ricardo Stuckert
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O PT convidou nesta terça-feira 19 o PSOL para participar oficialmente da campanha de Lula na eleição de outubro deste ano. O apoio formal ao petista será decidido na convenção do partido no fim do mês. Integrantes dos partidos debatem desde março os pontos da plataforma programática dos socialistas que serão incorporados ao programa de governo do ex-presidente.

“Houve ampla convergência, uma concordância de 99%”, afirmou a CartaCapital o coordenador do debate de programa eleitoral do PSOL, Claudio Puty. “O PT apresentou uma redação alternativa que basicamente aprofunda certos itens propostos por nós”.

Entre os pontos considerados fundamentais pelo PSOL estão políticas de combate à crise climática, revogação das medidas aprovadas após impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e uma reforma tributária profunda que possa mudar a dinâmica de financiamento do Estado brasileiro.

A reunião de hoje contou, além de Puty, com as presenças do presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloísio Mercadante, da ex-ministra Tereza Campello, do economista Guilherme Mello e de William Nozaki.

“Dissemos que queremos ajudar a derrotar o Bolsonaro, mas tem uma tarefa enorme que é derrotar o bolsonarismo”, disse Puty. “Para isso, é preciso um governo que promova a igualdade social, solidariedade e combata as mazelas promovidas nos últimos anos. Precisamos de um programa de esquerda”.

Os pontos defendidos pelo PSOL contrapõem a posição do presidente do PSB, partido do ex-governador Geraldo Alckmin, que deve ser o vice na aliança. Para Carlos Siqueira, a aliança não pode ter “um programa de governo de esquerda”.

No encontro, não foi discutido o incômodo do PSOL com o ex-tucano na chapa, nem as possíveis alianças regionais entre os partidos.

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