Política

Apesar da participação recorde, candidaturas negras recebem menos recursos dos partidos

As discrepâncias se apresentam significativamente entre as candidaturas proporcionais, como deputado federal, estadual e distritais

Apesar da participação recorde, candidaturas negras recebem menos recursos dos partidos
Apesar da participação recorde, candidaturas negras recebem menos recursos dos partidos
Créditos: Geraldo Magela/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

Dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que, mesmo representando 49,49% das candidaturas, negros receberam até o momento pouco mais de 25% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para a eleição deste ano.

De acordo com os números, as discrepâncias se apresentam significativamente entre as candidaturas proporcionais, como deputado federal, estadual e distritais.  

O União Brasil direcionou mais de 90% dos recursos públicos para candidaturas de pessoas brancas. Foram mais de 5,7 milhões de reais investidos. 

Enquanto a candidata Yandra de André, branca e filha do presidente regional do partido, recebeu 1,5 milhão, o candidato Jota Jota do Ronda da Notícia, negro, teve acesso apenas a 150 mil.

Em partidos de esquerda também existe desequilíbrio na distribuição de verbas. No PT, pouco mais de 64% dos recursos do Fundo Eleitoral foram destinados a candidaturas brancas. Essa desigualdade acontece em todos estados, menos na Bahia, onde 75% dos recursos foram empenhados em candidaturas negras. 

Apesar dos partidos serem livres para administrar os recursos de campanha, a legislação eleitoral determina que pelo menos 30% dos valores do Fundo Eleitoral sejam destinados para candidatas mulheres e a observância da proporcionalidade de candidatas e candidatos autodeclarados negros.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo