Política

Apesar de autorização de Moraes, Flávio diz que Bolsonaro não dará entrevistas

O filho do ex-capitão afirmou que a decisão do ministro ‘parece uma pegadinha’

Apesar de autorização de Moraes, Flávio diz que Bolsonaro não dará entrevistas
Apesar de autorização de Moraes, Flávio diz que Bolsonaro não dará entrevistas
O ex-presidente Jair Bolsonaro condenado a 27 anos de prisão por golpe de Estado. Foto: Antonio Augusto/STF
Apoie Siga-nos no

Apesar do aval do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta sexta-feira 3 que Jair Bolsonaro (PL) não deve conceder entrevistas. Segundo Flávio, a decisão segue as orientações dos advogados.

“Para que seja possível, entendo que seriam necessárias algumas condições. Por exemplo, que seja ao vivo e com a garantia de que suas cautelares não serão agravadas, conforme o que ele responder. Do jeito que está hoje, me parece uma pegadinha“, disse o filho de Bolsonaro.

Nesta quinta-feira, Moraes autorizou o ex-capitão a participar do podcast Café com Ferri, do influenciador Rafael Ferri. O magistrado deu cinco dias para a defesa do ex-presidente se manifestar sobre o interesse em conceder a entrevista.

Na segunda-feira, Moraes determinou que os advogados do ex-capitão se manifestassem sobre o interesse do seu cliente em conceder entrevista à revista Veja. A solicitação partiu da Editora Abril, responsável pelo periódico. Antes, o ministro já havia solicitado uma posição da defesa em relação a pedido formulado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Apontado como chefe da organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo STF. O ex-presidente foi colocado em prisão domiciliar por ter descumprido medidas cautelares fixadas pelo tribunal em junho.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo