Política

Amorim: Governos do PT prestigiaram as Forças Armadas e Lula não tem de ‘pedir licença’ a militares

A CartaCapital, o ex-chanceler disse acreditar que a eleição ocorrerá ‘da maneira adequada’, já que ‘nenhum setor importante da sociedade favorece o golpe’

Celso Amorim e Lula. Foto: Roberto Stuckert Filho
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O diplomata Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa, avalia que o ex-presidente Lula (PT) não tem de buscar um canal de contato com o Alto Comando das Forças Armadas, nem se dirigir aos militares durante a campanha eleitoral.

CartaCapital no YouTube, o ex-chanceler disse acreditar que o processo eleitoral ocorrerá “da maneira adequada”, já que “não tem nenhum setor importante da sociedade brasileira que favoreça o golpe”.

“Campanha eleitoral não serve para isso, nem tem de pedir licença às Forças Armadas”, afirmou Amorim quando questionado sobre uma suposta necessidade de Lula estabelecer um diálogo com os comandantes militares na campanha. Segundo ele, no 7 de Setembro de 2021 as Forças “claramente não apoiaram o golpe” de Jair Bolsonaro.

Além disso, prosseguiu Celso Amorim, “as Forças Armadas foram muito bem tratadas nos governos Lula e Dilma”.

“Os anos de maior investimento – não só gastos com gratificações – foram 2010 e 2014. Houve o programa do submarino nuclear, o programa dos caças, o Exército com o blindado Guarani. Houve muito prestígio para as Forças Armadas.”

Para Amorim, o fato de Bolsonaro com frequência mencionar o termo “meu Exército” incomoda os militares, que não ouviam declarações do tipo nem sob a ditadura.

“O bom soldado é o que se afasta de política. Ele tem de seguir a lei.”

Assista à íntegra da entrevista:

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