Justiça
Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, é preso em nova fase de investigações sobre fraudes
A PF e a CGU cumprem dez mandados de prisão nesta quinta-feira; os outros alvos ainda não foram confirmados
O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto foi preso nesta quinta-feira 13 em nova fase da operação que investiga as fraudes contra aposentados e pensionistas. A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União cumprem outros nove mandados de prisão. Os nomes desses outros alvos não foram revelados até a publicação deste texto.
Stefanutto foi demitido pelo governo em 23 de abril, horas após ter sido afastado do cargo na primeira fase da operação Sem Desconto, que revelou os desvios nos benefícios. Desde então, ele tem sido alvo de novas investigações.
Em nota à imprensa, a defesa do ex-presidente do INSS informou que não teve acesso ao teor da decisão sobre a decretação da prisão, e disse que avalia a medida como “completamente ilegal, uma vez que Stefanutto não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação”.
Os advogados afirmaram que vão buscar as informações sobre a prisão antes de tomar providências, e reafirmaram a inocência do cliente.
A CGU informou que, neste momento, estão sendo investigados possíveis crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
Além dos mandados de prisão, os agentes cumprem mais de 60 mandados de busca e apreensão em endereços de 14 estados (em todas as regiões do país) e também no Distrito Federal.
Stefanutto, antes da prisão, participou de uma audiência da CPMI que apura a fraude. Na ocasião, defendeu sua atuação no comando do órgão.
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