Política

Alckmin no PSB nos ajudará a ganhar o governo de São Paulo, diz França, adversário de Haddad

O ex-tucano deve ocupar o posto de vice na chapa de Lula. No pleito paulista, porém, petistas e socialistas não devem caminhar lado a lado

O ex-governador paulista Márcio França. Foto: Divulgação/Governo de SP
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O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) afirmou, nesta sexta-feira 18, que a filiação de Geraldo Alckmin ao seu partido o ajudará “a ganhar o governo de São Paulo”.

Alckmin deve ocupar o posto de vice-presidente na chapa encabeçada por Lula (PT). No pleito paulista, porém, petistas e socialistas não devem caminhar lado a lado, já que as pré-candidaturas de Fernando Haddad e França estão sobre a mesa e nenhum lado indica a disposição de recuar.

O lançamento das duas candidaturas ganhou força com a decisão do PSB de não aderir, ao menos neste momento, à federação entre PT, PCdoB e PV – as três sigla defenderão apenas um nome na eleição paulista, o de Haddad.

“Há um tempo eu disse que Alckmin sairia do PSDB, ninguém acreditou. Depois, disse que ele viria para o PSB, ninguém acreditou. Depois, disse que ele ajudaria a resolver essa situação brasileira, pelo lado da democracia, contra a violência das armas. Vamos ver se vai acontecer”, disse França em mensagem enviada a CartaCapital.

“Agora, veio se filiar ao PSB. Estou muito honrado com a filiação, todos nós do PSB, será um grande quadro. Acima de tudo, vai nos ajudar a ganhar o governo de São Paulo. O PSB tem experiência, tem vocação, já mostrou que sabe fazer e, com o Alckmin, vai ficar mais fácil ainda.”

Alckmin anunciou nesta sexta sua decisão de se filiar ao PSB. “O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro – PSB. O momento exige grandeza política, espírito público e união”, escreveu em suas redes sociais.

A filiação está prevista para o dia 23, próxima quarta-feira, em Brasília. O ato contará com a chegada de outros nomes que serão apostas do PSB para a disputa no Congresso Nacional. O jurista Augusto de Arruda Botelho e o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, ex-PSDB, são alguns dos nomes que devem compor os quadros socialistas.

PT na frente

Fernando Haddad lidera a corrida eleitoral para o governo de São Paulo, segundo a mais nova pesquisa da consultoria Quaest, divulgada na última quinta-feira 17.

De acordo com o levantamento, o petista soma 24% das intenções de voto, contra 18% de Márcio França e apenas 9% de Tarcísio de Freitas (PL), ministro da Infraestrutura e aposta de Jair Bolsonaro no maior colégio eleitoral do Brasil. A pesquisa traz ainda Guilherme Boulos (PSOL) em quarto lugar, com 7%.

Em um cenário sem Boulos e França, Haddad sobe para 30% das intenções de voto. Neste caso, o segundo lugar ficaria com Tarcísio, que chegaria a 11%. O resultado do bolsonarista também estaria condicionado à desistência de Abraham Weintraub (PMB).

Haddad também apresenta os melhores resultados no segundo turno. De acordo com a Quaest, se as eleições ocorressem hoje, o petista venceria qualquer adversário.

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