Justiça

Alberto Youssef é preso em SC por ordem do novo juiz da Lava Jato

A ordem partiu de Eduardo Appio nesta segunda-feira 20; a prisão ocorreu em Itapoá

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABR
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O doleiro Alberto Youssef, um dos pivôs da Lava Jato, foi preso preventivamente na tarde desta segunda-feira 20 em Itapoá, em Santa Catarina. A ordem partiu do novo juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), Eduardo Appio.

A decisão de Appio ocorreu no âmbito de uma representação fiscal com fins penais instaurada pela Receita Federal.

No início da operação, Youssef assinou um acordo de delação premiada. Ele foi preso em março de 2014, na primeira fase da Lava Jato, e condenado pelo então juiz Sergio Moro. Em novembro de 2016, deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba e passou a cumprir prisão domiciliar.

À época da prisão do doleiro, a PF apurava a existência de uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro. Youssef era apontado como um dos líderes do grupo.

“No presente caso, Alberto Youssef já foi condenado a mais de 32 anos de reclusão, não havendo notícia que tenha regularmente adimplido todos os seus débitos com a Receita Federal do Brasil”, escreveu Appio na nova decisão. “Nos presentes autos também não se verifica sequer a existência de endereço atualizado do condenado, o que demonstra total desprestígio à justiça federal de seu País, bem como certeza de impunidade.”

O juiz reforça que o relatório da Receita “deixa evidenciado que o acusado não devolveu aos cofres públicos todos os valores desviados e que suas condições atuais de vida são totalmente incompatíveis com a situação da imensa maioria dos cidadãos brasileiros”.

Na peça, Youssef é classificado como “um verdadeiro arquiteto de diversas organizações criminosas ao longo dos últimos 20 (vinte) anos, sendo certo que a sua multireincidência revela sua incompatibilidade com o regime de liberdade provisória sem condições”.

O doleiro também é definido como um “investigado com enorme periculosidade social e caráter voltado à prática de crimes financeiros de colarinho branco”.

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