Política

Aílton Graça: “estamos vivendo um efeito dominó de perda de direitos”

Em ato pela Diretas Já, o ator afirma que avanços na saúde e na educação pararam com a chegada de Temer ao poder

Nascido e criado na periferia de São Paulo, o ator já trabalhou como camelô e considera o impeachment de Dilma Rousseff um golpe
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Paulista, mas morador do Rio de Janeiro, Aílton Graça voltou à terra natal para endossar o grito pelas Diretas Já. O ator participou da manifestação pelas eleições diretas que ocorreu no domingo 4, em São Paulo. Segundo a Polícia Militar, 100 mil manifestantes participaram do ato-show. 

O ato organizado e convocado pela classe artística, foi um dos motivos que levou o ator ao Largo da Batata, onde durante a manifestação ocorreram shows gratuitos de cantores renomados como Chico César, Paulo Miklos, Maria Gadú, Criolo e Mano Brown. 

O desejo de Graça de participar do ato partiu também da necessidade de mostrar a população que os artistas não são inatingíveis. “As pessoas nos veem de uma forma diferente. É importante que elas percebam o nosso pensamento, o nosso trabalho, que a arte é um pensamento político”, explica.

A favor do “Fora Temer”, Graça afirma que ocorreu no Brasil com a ex-presidente Dilma Rousseff foi de golpe de estado, o que o faz discordar com o “efeito dominó de cortes de direitos” que o governo de Michel Temer está promovendo. “Nós tínhamos uma presidenta eleita que foi tirada, não tem nada contra ela, não se encontra nada contra ela”, explica o ator ao afirmar que Dilma foi penalizada por ser “honesta demais”.

Nascido e criado na periferia de São Paulo, antes de chegar ao teatro, o ator trabalhou como camelô, o que o fez perceber as mudanças positivas ocorridas nos anos anteriores ao governo do peemedebista. “As conquistas são gritantes. Eu vi o avanço educacional, o avanço da saúde. Não aceito perder isso.”

Graça, porém, é otimista. Progressista, ele acredita que a união dos cidadãos e cidadãs nas ruas para brigar por uma melhora no atual quadro político irá “trazer a mudança”. Sobre as eleições diretas, também acredita na vitória. “Não vai demorar muito e acho que vamos ter novamente o nosso direitos ao voto, sem que tirem isso da gente”, fala, esperançoso.

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